O topônimo originou-se da barra que o rio Chapéu faz com o Catasaltas, em terras do município, mas nenhuma informação explica o nome que o curso d’água possui. Conta-se, no entanto, que uma mulher surda-muda recebeu a visita de uma outra mulher que lhe pediu que instasse aos poucos moradores da região para que erigissem uma igreja ao pé de uma gabirobeira, a qual deveria ser dedicada a Nossa Senhora da Guia. Era essa a virgem a qual a desconhecida havia feito uma promessa pela recuperação de seu filho. Como, porém, não tivesse recursos para cumprir a promessa (que era a construção da ermida), fazia então o pedido à surda-muda.

Fervorosa devota, a surda-muda lembrou-se que no sítio do Chapéu, de propriedade de Roberto Rufino e onde se encontrava a barra, havia um pé de gabiroba. Com “gestos e balbucios” (sic), ela pediu ao fazendeiro que concedesse o terreno para a construção da ermida. Foi assim que as terras onde hoje está edificada a igreja de Nossa Senhora da Guia de Barra do Chapéu, então no município de Apiaí, teriam sido doadas ao patrimônio que, já no final do século XIX, começaria a se desenvolver. E que redundou no atual município.

Barra do Chapéu emancipou-se em 30 de dezembro de 1991.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 60.